9ºANO: ABOLICIONISMO NO BRASIL

 ESCOLA MUNICIPAL HECKEL TAVARES

ABOLICIONISMO NO BRASIL

O processo que levou a extinção da escravidão no Brasil foi longo e contou com a ampla participação popular, incluindo a ação dos próprios escravizados, além de ativistas chamados na época de abolicionistas. A pressão inglesa pelo fim do tráfico negreiro e a Lei Eusébio de Queirós representaram um duro golpe contra a escravidão, mas essa luta contou com a resistência dos escravizados e o movimento abolicionista.

A história conservadora, que valoriza os heróis como únicos responsáveis pelos grandes feitos da humanidade, enaltece a Princesa Isabel como a redentora dos negros, a libertadora e ignora todo o processo conjuntural e estrutural que a levou a assinar em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea.

Enquanto durou a escravidão houve resistência. Resistiram por meio da desobediência, fuga, formação de quilombos e da busca por liberdade para praticar suas culturas e religiões.

A partir da segunda metade do século XIX cresceram os movimentos abolicionistas, que passaram a pressionar cada vez mais o governo em busca de uma extinção definitiva da escravatura. As pressões internacionais, principalmente dos ingleses, também eram grandes, e os próprios negros passaram a se rebelar contra a situação com maior frequência.

            O Quilombo de Palmares, no século XVII, em Alagoas, tornou-se uma referência na história da resistência dos negros à escravidão. Até hoje, quando se fala em resistência negra à escravidão se é induzido a pensar em Zumbi dos Palmares e no quilombo que ele liderou. Mas esse famoso quilombo não foi o único a existir, muito pelo contrário, eles multiplicaram-se pelo Brasil como forma de organização de resistência dos negros fugidos do trabalho escravo.

Para os recém-libertos, a Abolição não trouxe os benefícios esperados. Eles não receberam terra para plantar e nenhum tipo de ajuda do governo, sem terra, sem instrução, sem dinheiro, sem apoio do governo, muitos migraram para as cidades em busca de emprego. Nas cidades, porém, os empregadores preferiam dar emprego aos imigrantes europeus.

Diante disso, os libertos foram obrigados a aceitar os piores serviços, os mais baixos salários e a convivência do racismo. Muitos subiram aos morros das grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo para construir suas casas, iniciando o processo de favelização, foram nesses lugares que os afrodescendentes resistiram às dificuldades da vida pós-abolição. Para amenizar a luta diária muitas reuniões aconteciam entre eles, como os que se reuniam na casa de Tia Ciata, no Rio de Janeiro. Sua casa era frequentada por sambistas que estavam iniciando esse ritmo que ficaria marcado na cultura brasileira.























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